"E TUDO SE FEZ NOVO"! Lucas 5.33-39
Jesus é o novo de Deus enviado a nós, por meio dEle participamos da alegria do céu em meio aos embates da terra.
Ora, o jejum era prescrito apenas para o Dia da Expiação dos pecados (Lv 16.30), mas os fariseus também jejuavam em todas as segundas e quintas-feiras (veja Lc 18.12).
Os acompanhantes do noivo jejuando enquanto a festa estava em andamento! Que absurdo! Insinua Jesus. Os discípulos de Jesus jejuando enquanto seu Mestre está realizando obras de misericórdia, e enquanto as palavras de vida e graça emanavam de seus lábios – quanta incoerência!
Com referência a “virão dias”, seguido de “durante aqueles dias” de Lucas, Jesus está dizendo que sua morte violenta que se aproxima significará dias de luto para os discípulos. Então, naquela ocasião em particular, o jejum como expressão de dor estará em vigor e ocorrerá. João 16.16–22 indica que o luto não será de longa duração.
Não se deve tentar misturar o novo com o velho; aliás, deve-se aceitar o ensino novo, forte, vigoroso de Jesus que comunica a alegria e a salvação que ele trouxe. Na alegria que ele e seu ensino trazem aos que pela graça são transformados por ela, não há lugar para o jejum judaico e legalista.
O que Jesus está dizendo é isto: Os odres velhos não condizem com o vinho novo que ainda está em processo de fermentação. Esse vinho arrebentaria os odres, resultando na perda do vinho e do odre. Semelhantemente, o vinho novo de resgate e riquezas para todos os que se dispõem a aceitar essas bênçãos, mesmo para publicanos e pecadores, deve ser derramado em odres novos, frescos e fortes de gratidão, liberdade e serviço espontâneo para a glória de Deus. O jejum judaico, legalista, carente de alegria, está fora de lugar na salvação que Jesus está trazendo.
Foi para produzir essa alegria tão profusa que Jesus veio à terra e trouxe uma salvação gratuita e completa por meio de sua morte expiatória. Veja Lucas 2.10, “boas-novas de grande alegria”; 24.52: “eles … regressaram a Jerusalém com grande alegria”; João 15.11: “que sua alegria seja completa”; 17.13: “que possam ter minha alegria completada neles”. Os apóstolos aprenderam essa lição (Rm 5.11; 15.13; Gl 5.22; toda a epístola aos Filipenses; 1Pe 1.8; 4.13; 1Jo 1.4; 2Jo 12).